Nosso objetivo é criar brindes de uma forma "amiga" para o Planeta Terra...Somos artesãos da ilha, usando como matéria prima fibra de bananeira,tecidos,madeira... Confeccionamos produtos artísticos artesanais e criativos, feitos a mão,um a um,do mesmo jeito que se constrói o amor depois do casamento.Os produtos,que servirão de decoração,lembranças ou presentes,estão sendo criados e produzidos na Ilhabela; lugar onde cada vez mais casais escolhem para realizarem seu sonho de casar-se.

8 de dezembro de 2011

Matéria no Jornal Canal Aberto...

Gente que orgulha a gente:
Artesã, curiosa, amor latente, paz de espírito - Suzana Mihura
- 2/12/2011
(F.S.) - Foto: Ronald Kraag
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Voltamos, nesta edição, com a coluna que sempre polarizou a atenção de muitos, para alguns. Demos um tempo. Focalizaremos uma argentina de nascimento – Suzana – brasileira por adoção. Falaremos e ouviremos. Falar de sua criatividade, do seu orgulho em fazer e da sua humildade e persistência, no jeito de ser. Nascida numa família bem constituída, forte e linda, Suzana tem oito irmãos – metade artista, a outra só advogados. Pai exigente não permitia aos filhos assistirem televisão. Nem tinham, porque o chefe dizia que a TV os deixaria abobados. Formou-se Suzana em publicidade, operou criaçõs em agências de Buenos Aires. Na juventude rebelou-se diante do sistema, apaixonou-se por um brasileiro, ajeitou uma mochila e sessenta dólares no bolso, ganhou a estrada rumo à Floripa, não sem antes deixar “descabelados” os familiares. Na linda capital catarinense aportou na costa da Lagoa da Conceição, centro de artesãos e da gastronomia, num barraco, sem banheiro e João, artesão gaucho que trazia Ted, um filho. O artesanato despertou na pequena argentina atenção e curiosidade (a princípio) mas a base para a sobrevivência, criando com sementes, conchinhas o que a natureza doava e vendia na praia, nas praças, amealhando e rompendo barreiras.

Conhecendo o Brasil e os brasileiros, a mata, as praias, a energia, a espiritualidade, “Deus presente” em livros, igrejas e no coração. Turistas – na época os argentinos estavam descobrindo o Brasil e Florianópolis em especial – muitos deles conheciam os seus familiares e diziam entre si “esta é Suzana, filha de Maria e Ricardo e virou hippie” e isso passou a ser um drama para ela, logo desfeito porque as mulheres, principalmente, adoravam o seu jeito de ser. Colares, pulseiras, gargantilhas, todas criativas, especiais (e pagavam bem). Suzana, belo dia se cansou de João e Ted, o filho do companheiro e a imensa responsabilidade em ser mãe (sem ser realmente) a fez deixar o barraco e, outra vez, botar o pé na estrada. No subconsciente uma indagação (ou mais): o que fazer, onde fazer, onde dormir, como será o amanhã? Forte e determinada, seguiu adiante, por mais de seis anos seguidos, sempre na acolhedora Floripa. Com a nova paixão – o peruano Luís -, sentiu que a vida mudaria e, não mais que de repente, sentiu estar grávida e nove meses depois veio ao mundo Yunka, orgulho, guia, labor, sobretudo amor, hoje com dezenove anos. Um belo dia, Suzana resolveu partir, rumo ao desconhecido nordeste, Ceará mais propriamente, Jericoacoara, onde poucos tinham a coragem de chegar. Yunka, de quatro anos pelas mãos, cinco malas, jardineira, muita poeira, sol quente, abrasador e a jardineira sacolejava na mal cuidada estrada de aventureiros entre Jijoca e Jeri. Dunas, paraísos, ardência do sol, calor intento – humano, também -. Labutando com o seu artesanato alugou pequena choupana, montou lojinha – Tanit – e fazia colares, com estrutura superior, mas diante da grandeza, nem era tanta. Doces argentinos, alfajores, rocamboles, tortas de maçã, comida caseira para turistas visitantes. Yunka crescia, estudava na escolinha – professoras nem escrever direito sabiam – e a mãe da aluna, Suzana dava-lhes umas dicas. A moçoila de dezenove anos, hoje, mochila nas costas, caminhava para a escola de paredes caiadas, pelas ruas de areia, sol a pino. Quarta feira era dia de festa, tinha forró; Suzana olhava; olhava tanto que percebeu a eloqüência de um turista francês, Stèphane. Evidentemente normal, paixão feminina (mãe com filha), carência de homens, conversa vai, conversa vem, Jericoacoara ficou para trás. Destino, Córsega, na França. É pra lá que eu vou, com Yunka. Cidade modesta, ruas de pedras, na verdade povoado ao sul, mais precisamente Olmeto. Stèphane embarcava, passava dias no mar e Suzana e Yunka o esperavam ansiosas... e fazia colares, com coral, vidros polidos achados na praia e os vendia a turistas. Outra vez, de repente, a gravidez – sempre desejada – e lá vem um homem para fazer o casal com Yunka, o Christophe, hoje com dez anos e que, por sua vontade manifestada ao pai Stèphane, deveria nascer no Brasil – e assim foi -. Pés no chão, alegria e luz no espírito, divagando e contemplando a vida, vivendo intensamente, Suzana (sempre foi assim) deu à luz em Florianópolis (uma ilha), mas, imantada, aportou em Ilhabela, onde pensam todos – criou raízes – e ela desafia e se desafia – está prestes a partir, criando, incentivando a criatividade dos outros, dividindo conhecimentos e talentos. Perpetrou ações e as levou para a Secretaria da Cultura, o Centro Comunitário, a Apae, a Acei, a amigos pessoais ou desconhecidos que a procuram e a Ilha das Noivas, atual – um cometa – que a fez aprender mais, organizando eventos, tramando a paz, o dia das fibras naturais, projeto divulgado pela revista da Unesco, o dia do espantalho, no Viva Floresta, o Re-Criando na Praça da Mangueira, ainda outro dia, inesquecível. As criações são memoráveis, as idéias ao léu, nas mesas, gavetas, janelas, pastas, bolsas, potinhos sem limites.

Do norte ao sul, Ilhabela conhece Suzana e suas produções, no deck do Itapemar, pela generosidade de Fernando, Simone e dona Lourdes, as exposições no Yacht Club, os desfiles, as mensagens e fotos das revistas Vogue, Marie Claire, Elle, entre outras, em desfiles de modas, no Fashion Week, Rio, Cavalera, Rosa Chá, Lucy in thesky, Ellus ou viajando pela Itália, Argentina e Estados Unidos. Quando Daniela Mercury veio a Ilhabela, foi de Suzana que recebeu um colar artesanal e numa recente pesquisa de opinião da Rádio Cidade, foi ela quem mereceu o reconhecimento como artesã.

A vida em Ilhabela desabrochou, vivendo no alto do Tesouro da Colina, no meio da mata, ao lado da ponte sobre a água que corre entre pedras, sem ter jamais sacrificado uma serpente (e quantas cruzaram o seu caminho) nem cortado árvores, agradecendo cada dia que se finda ou cada amanhecer, numa obra criativa infinita, vivendo a sua vida com os filhos. Dez anos se passaram no arquipélago e a simplicidade nunca se arvorou nem se ornamentou, foi sempre a mesma mulher como a grandeza da peça teatral que ajudou a produzir, há poucos dias, “Os sonhos de uma noite de verão”, na Praça da Mangueira. Tanta vontade, tanto ânimo, tanta fé e os desafios se confundem com a realidade, na rudeza da vida, nas dificuldades do dia a dia, sempre com um sorriso que se sente e vem lá do fundo do coração. Assim é Suzana que se vai, despede-se para viver algum tempo com o velho Ricardo, o pai, argentino da cepa, e sobre o fogão de lenha da fazenda no interior de sua bela terra, um caneca de água fervente a espera do chimarrão tradicional, uma taça de vinho tinto encorpado ou uma simples caneca d’água da fonte que canta e se levanta do meio do chão. A rede na varanda, a ovelha no pasto verdejante, a mesa farta – ela, Suzana, a filha Yunka, o filho Christophe, sem “la plata, saco pequeño vacio”, mas com amor imenso para retribuir ao pai querido que um dia a viu partir e agora a vê chegar, regressando com “los hijos, para el encanto de su padre”. O que leva em sua bagagem são vinte e três anos de luta, muita luta e uma resistência enorme, exemplo de riqueza, humildemente dizendo a Deus – “dá-me o desejo segundo sua vontade”.

Quando a saudade apertar, Suzana lembre-se do forró, dance no imaginário da alegria do brasileiro ilhéu que não olvidará bons momentos que você semeou. Algum dia, alguém, em algum lugar, colherá. Creia, mulher de fibra.

(F.S.)

6 de dezembro de 2011

Procura- se administrador para "Ilha das Noivas"..


Em 2012, eu, Susana Mihura,criadora e coordenadora do projeto, estarei em Argentina...
Mas não quero que o projeto morra. É uma semente, desabrochando, tão linda, querendo nascer e crescer...
Então estou procurando alguém que goste de desafios, e acredite no projeto... Que queira me ajudar (estarei presente virtualmente) a continuar...

www.ilhadasnoivas.blogspot.com
susanamihura@hotmail.com
(12) 3895-8836 / (12) 91059072


Obs: Hoje tive reunião com Ligia, uma possível candidata a ser nosso braço direito...
Senhor, agora dá o meu desejo, segundo a tua vontade.
Obrigada.

TOP 100 Sebrae...

Bem, nos inscrevemos para tentar, quem sabe, entrar no TOP 100 do Sebrae... quem sabe?

http://www.top100.sebrae.com.br/

(Além de reconhecimento e valorização para todo o setor, o Prêmio Sebrae TOP 100 de Artesanato oferece às cem unidades vencedoras o direito de uso do selo "Prêmio Sebrae TOP 100 de Artesanato - 3ª Edição" por três anos e divulgação de três produtos nos sites do Sebrae Nacional e de sua região, no CD promocional e catálogo.)

As fotos abaixo foram enviadas para seleção...